Palavras, imagens, milhares de vontades e os signos - ficantes e ficados. Recursos se esmigalham no leito do tempo e da criatividade. Cito o tempo e penso nos dias que queimam a cabeça e fadigam a vida. O poeta não é profeta. O poeta não lança adivinhação, mas adivinha a frase pro desfecho de um parto. O poeta não flerta rumor, não furta amor, nem fita a vinda do filho, mas pensa mais que seu cérebro. O poeta é bandido por não banalizar. É escravo de seu senhor. É ladrão de sua obra. O poeta é fogo que candeia. É sátiro em desejos e devorador de seu cerne. O poeta é um ralé que contenta com a amargura de sua pobreza, porque sabe enriquecer suas lástimas, basta-lhe um pouco de solidão, esquadro e calculadora.
16/10/2007
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3 comentários:
linda manhã com seu texto.
olá, dani
espero que vc goste, adorei
http://aterraazul.blogspot.com/2007/10/o-poeta.html
obrigada
fátima
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